Margarida Pinto

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A minha alma partiu-se como um vaso vazio. Caiu pela escada excessivamente abaixo. Caiu das mãos da criada, descuidada. Caiu, e eu fiz-me em mais pedaços do que havia loiça no vaso. Fiz barulho na queda como um vaso que se partia. E os deuses que há debruçam-se da escada. Para ver o que a criada fez de mim Não se zanguem com ela. São tolerantes com ela. Asneira? Impossível? Sei lá! Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia eu. Letras de cancionesAsneira? Impossível? Sei lá! Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia eu. A minha alma partiu-se como um vaso vazio. Caiu pela escada excessivamente abaixo. E os deuses que há debruçam-se da escada E sorriem à criada Não se zanguem com ela. São tolerantes... A minha alma partiu-se como um vaso vazio Caíu, partiu-se, caíu A minha alma partiu-se como um vaso vazio Caíu, partiu-se, caíu O que era eu, o que era eu? Um vaso vazio O que era eu, o que era eu? Alastra a escadaria atapetada de estrelas. Ao fundo um caco brilha entre os astros. A minha obra? A minha alma principal? A minha vida? E os deuses olham-o por não saber por que ficou ali. Asneira? Impossível? Sei lá! Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia eu. O que era eu, o que era eu? Um vaso vazio O que era eu, o que era eu? Ai, o que era eu, o que era eu? Um vaso vazio O que era eu, o que era eu? From Letras Mania