Letra de Ímprobo
Há quem diga hostilizar
Subdistinguir, culpabilizar
Mas não
Desolado, bem desértico em abjeção
Há quem diga hostilizar
Subdistinguir, culpabilizar
Mas não
A vida passa e eu, e a vida passa e eu

E eu decifrei essa charada e dessa vez não me confundiu tio
Puta que pariu muleque, cê nunca vai me ver inerte no rap
Foi só uma dose de lucidez, na madrugada eu acertei, tio vamo
Escrevi essas linhas que marcaram minha vida.. e há quem diga que não valesse a pena

E hoje ta aí, valeu tiozin, eu amo meu trabalho..
Então passa meu malote que eu já trampei pra caralho
Chefão, eu to de jet na favela
Minha quebra me respeita porque eu respeitei as regras dela

E a vida segue, só vai ver esse progresso quem não dormir no barulho
Então máximo respeito no bagulho
Damassaclan é o bonde dos que trampa até a tampa
Riram da minha minha cara mas não pagaram minhas conta

E hj eu dei bom dia da sacada do melhor hotel da city
Culpa de quem subestimou meu apetite

Há quem diga hostilizar
Subdistinguir, culpabilizar
Mas não
Desolado, bem desértico em abjeção
Há quem diga hostilizar
Subdistinguir, culpabilizar
Mas não
A vida passa e eu, e a vida passa e eu

E a vida passa e eu já to, mais 10 noites sem dormir
E a cada 10 madruga 2 mil beat já criei e já esqueci
Mente trava e o sample sai do tom
Mais um ano se passou, mesmo assim ainda não saiu o beat bom

E eu fiz a curva, joguei na contramão
Larguei no FL sem testar, cumpri bem com minha função
Distribuição além do que visava
Passei por 10 cidades só por cima no high life pelo brasa

Mas não mosca e vai pensando que ta Disney
Nordeste sempre em casa, Nunca atrasa, Rakavi mantendo Origens
Bem, meu foco em ouro forma minas (Rich)
Insegurança da família com a certeza da minha firma (Alive)

Poucos fazem parte, fundada em 2 e 12
Com meu parça silverlock visionary, hón
Rap bem feito sem ressalva
Reserva hoje no Mércury da Orla, Sem a carteira ta assinada

Há quem diga hostilizar
Subdistinguir, culpabilizar
Mas não
Desolado, bem desértico em abjeção
Há quem diga hostilizar
Subdistinguir, culpabilizar
Mas não
A vida passa e eu, e a vida passa e eu

E não há mais nada que eu precise lhe falar
Que o som já… Náo tenha expressado
Há quem diga qualquer coisa, pouco resultado
Somos nós a resistência, indulgência? Claro!

Deixei de lado os emblemas
Agora todo mérito é da alma, calma
Fazemos desse som uma vanguarda
Respeito Tubaína, o plano ta formado
Avisa ao produtor, Rap bom aqui custa caro

Ponto final, fecha o contrato
Vamo ao trabalho exercer e quem diria
Os frutos que hoje eu exponho
Com a certeza da ética na métrica
Poética da vida

Rua deixa eu registrar
Esse momento tão sublime
Sei que poucos se importam
E se encarregue de flagrar qualquer deslize